As narrativas podem ser escritas recorrendo a diferentes técnicas. Uma das mais utilizadas é a técnica da escrita sensorial. Na escrita sensorial, o autor utiliza linguagem descritiva, (...)
Nos olhos da minha Mãe encontro tudo.
Colo. Beijos.
Histórias. E cantigas de embalar.
Nos seus olhos encontro paz.
Aconchego. Guarida.
Amor. E perdão.
Os olhos da minha Mãe são imensos.
Ne (...)
Na língua de Deus,
Mãe escreve-se com o brilho das estrelas,
amor infinito
e um punhado de carinho.
Deus deu à palavra Mãe
o aroma das flores
e a doçura do mel.
Quis Ele que Mãe (...)
Estas ruas são estreitas.
Mas nelas cabe o carteiro.
E o funcionário que varre.
Cumprimentam quem passa.
Quem contempla as cores e as formas.
Quem observa a mistura do velho e do novo.
S (...)
Alguém que lhes diga que a esmola não satisfaz.
Não resolve. E não cala.
Quem trabalha. Quem tem filhos. E quem tem sonhos.
Alguém que lhes diga que a esmola não satisfaz.
Não apaga a (...)
Após a chuva. Após o frio. Chega a cor e o perfume. Regressa o chilrear dos pássaros. O bater das asas das borboletas. E o tão esperado calor do sol. É hora de semear boas energias. Fazer (...)
Há gente que não sabe. Nem sonha.
Que tem o sol dentro do peito.
Que os seus olhos são casa.
E o seu sorriso aconchego.
Há gente que não imagina a leveza que tem.
Ou poder dos seus gestos.
Há gente que caminha por aí.
Ela perguntou: "Mamã, qual é o teu sonho?"
Olhei para o seu rosto risonho e para os seus olhos curiosos.
O que deveria eu responder? Que exemplo poderia eu dar?
Já tive vários sonhos. (...)
Precisas de colo?
Onde deitar as lágrimas.
Onde deixar a menina que deixaste de ser.
Onde encontrar a mulher que agora nasce.
Onde largar o corpo que antes era só teu.
Precisas da (...)
Gosto de gente desalinhada. Que teima em desenhar as suas próprias rotas. Que dança pela vida. Que canta em dias de chuva. E que se emociona com gestos simples.
Gosto de gente que (...)