Doces beijos teus
Sabem a algodão doce.
E a bolo de chocolate.
Podem ser de caramelo ou de morango.
Açucarados. Repletos de doçura.
Sem azedo ou salgado.
Esses beijos teus.
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A Sardinha Pequenina tem como propósito contar histórias de gente real, aliando o poder da palavra escrita à qualidade e originalidade dos produtos. As pessoas reais inspiram-nos!
Sabem a algodão doce.
E a bolo de chocolate.
Podem ser de caramelo ou de morango.
Açucarados. Repletos de doçura.
Sem azedo ou salgado.
Esses beijos teus.
Contigo aprendi que os segundos se podem perder no tempo.
E que uma hora pode ser uma eternidade.
Que o ar pode desaparecer.
Que o coração pode bater de mil formas diferentes.
Que o teu sorriso transforma o mundo.
E que há melodias que fazem parte da nossa pele.
Que os abraços podem curar.
E que os teus longos braços contêm o mundo.
Que há beijos cujo sabor não desaparece dos lábios.
São tatuagem perpétua.
Que os silêncios podem falar.
Que os sonhos podem ser desenhados com várias cores.
Que o tempo não silencia as cartas de amor.
E que seremos sempre dois, juntos, até sermos velhos.
Olhas-me e pegas na minha mão.
Enlaças-me no teu abraço e rodopias.
Sem parar. Sem motivo. Só porque segues ao som do teu coração.
E nesse ritmo, perfeito para os dois, bailamos.
Perco a noção do tempo. Do espaço.
E dançando, vais-me guiando.
Por aqui e por ali. Pela vida fora.
Ao som de diferentes ritmos. Sempre enlaçados.
Tropeçamos. Sem nunca pisar os pés um do outro.
Sempre prontos a seguir o som da banda sonora da nossa vida.
Ensinas-me os teus passos. E eu a ti.
Com a felicidade de sabermos rir juntos.
Sem pudor. Só por rir. De felicidade. Por bailarmos juntos.
Não vai haver gravidade.
A terra vai fugir e o ar vai extinguir-se.
Vou perder o equilíbrio e vou deixar de saber de mim.
Nesse dia: o dia em que te fores.
Vão sobrar lágrimas. E sorrisos ternos de recordação.
E cartas. Várias cartas de amor - que contam a nossa história.
No dia em que te fores - se fores antes de mim - quero que sejas velhinho.
Que te vás serenamente. Num sopro leve.
E que eu esteja ao pé de ti - como sempre estive.
No dia em que te fores - e se eu puder ir contigo - irei de bom grado.
Porque nesse dia morrerá metade de mim.
O eu mais sensato. A metade melhor. A que eu amei sempre mais.
Peço a Deus para que, no dia em que te fores, eu possa ir contigo.
Se formos velhinhos. Se os nossos já de nós não precisarem neste mundo.
Seguiremos juntos, estrada fora, rumo a quem já nos espera. No outro lado.
Seremos estrelas. Seremos flores.
Mas, no dia que te fores, e eu contigo for também, renasceremos juntos.